A taxa de admitidos e êxito universitário é um índice de desenvolvimento social e cultural (AQU, 2007; 2009 e Gairín, 2010), claro sintoma de evolução e qualidade de vida das sociedades modernas e dos cidadãos. Alguns problemas sociais são claramente interessantes ao analisá-los na população com estudos terciários: o desemprego só representa aqui uma terceira parte entre a população com estudos universitários e os que só possuem estudos primários. Atualmente, o acesso ao conhecimento tornou-se numa condição ineludível nos processos de socialização, equidade e integração social (Castells, 2008) e a universidade é uma instituição chave para tal.
É indubitável o esforço realizado nos países latino-americanos para a generalização da instrução básica e média (OEI, 2010). Estas iniciativas orientadas para o desenvolvimento de políticas “quantitativas” (a educação para a maior quantidade de cidadãos possível) devem ser complementadas com políticas “qualitativas” de discriminação positiva e apoio aos coletivos sociais que pela vulnerabilidade económica, geográfica étnica ou cultural manifestem maiores problemas de acesso à educação universitária.
Fatores pessoais (capacidade, preparação), mas sobretudo contextuais (problemas sociais, culturais ou económicos) impedem o acesso ou permanência na Universidade (Tintó, 2005; NAO, 2007; Gairín e outros, 2010). O IESALC entre 2000 e 2005 diagnosticou os fatores e a magnitude do abandono nas universidades públicas e privadas da América Latina. Os resultados demonstram que, à exceção de Cuba, só 43% das pessoas admitidas em estudos de educação superior se licenciam no período estabelecido para o fazer. Não atuar mediante políticas e atuações orientadas à admissão e ao êxito académico de determinadas minorias e grupos desfavorecidos ampliará ainda mais a brecha já existente na comunidade latino-americana.
Assim, convém potenciar os processos de retenção e tutoria e promover a investigação e intercâmbio de experiências (Gairín e outros, 2009) dirigidas a aumentar a presença, permanência e número de licenciaturas de coletivos com défices sociais ou culturais. Deste modo, continuariam as ações já iniciadas em universidades chilenas, bolivarianas e centro americanas.
Baixe Consultivo:
http://accelera.uab.cat/ACCEDES/docs/folleto_alfa_edo_web.pdf
